segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A Geração dos Likes

O título também podia ser: massificação da estupidez humana à velocidade da luz.
Sejam então bem-vindos ou mal vindos a mais um texto aqui do vosso parvo favorito. Hoje trago-vos um assunto que me vem apoquentando nos últimos tempos (2 ou 3 anos?) e gostava muito de perceber isto. É ridículo o suficiente para eu querer revoltar-me contra a internet, contra os humanos e, acima de tudo, para tentar meter o mundo inteiro debaixo de água. Ou então enfio-me a mim num bunker, que a coisa é a mesma, só não posso é ter contacto com o exterior, para que um dia possa sair, veja que está tudo ainda pior e voltar para o bunker. Também pode dar-se o caso de algo melhorar, mas isso é comigo e chama-se preservação da espécie. Meninas, podem vir comigo, que depois a repopulação do planeta vai ser canja.
Ainda se fosse por uma boa causa, ainda percebia. Se isso tivesse retorno, mais ainda. Se fosse uma partilha de ideias ou um "sim senhor, gosto desta coisinha que aqui vejo/oiço", percebia. Mas não é. É pura e simplesmente por um falso pretexto de populismo.
Epá, assim torna-se complicado, sabem? Torna-se porque a ideia não é ser popular, é ser alguém com dois dedos de testa e vontade de pensar. Era bom que pudessem meter os thumbs up que pedem em troca dos thumbs up dos outros na vossa cavidade anal. Ok, não sejamos tão hardcores, mas pedir likes por likes é como eu trocar uma pastilha de mentol nova, por uma outra pastilha de mentol nova. É simplesmente ridículo, não é? Pensem comigo: se a popularidade fosse boa, muita gente era popular. Não é por terem milhentos likes numa foto que passam a ser bonitos/as...não é por partilharem um estado a dizer "os verdadeiros vão meter like" que continuam a ser rodeados por mais malta que vos quer ver pelas costas. É que, provavelmente, nem conhecem metade das pessoas que vos meteu o dito like, como daquelas que conhecem e que meteram, vocês ainda vão deixar de se falar, andar às turras e provavelmente cagar d'alto quando realmente precisarem de ajuda. Um dia vão dizer "preciso de ajuda, urgente" e a malta vai meter likes e nem uma chamada ou um "vamos ali tomar um refresco (ui ui, um refresco!) e falar sobre o que te apoquenta". Nada. Vão ter o belo do like e um "desenmerda-te" tão típico que até mete nojo, às vezes.

Deixem lá que quando vocês quinarem, vão ter muita gente no velório a dizer que vocês eram boas pessoas. E a tirar selfies no velório. E a meterem likes. E a ganharem likes.

Aproveitem para botar like na página do blog. Sabem porquê? Porque eu depois faço posts, vídeos e as asneiras que escrevo no Twitter também lá vão parar. Deixo-vos com um vídeo que vale por muito. Ainda há pessoas muito boas no mundo. Ao contrário de quem anda a chorar por likes.
Adiós cambada!

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