sábado, 25 de janeiro de 2014

Eu quero mais é que tu te metas de joelhos!

Olá amiguinhos e amiguinhas. Hoje vou-vos falar sobre um assunto que "tá batêêêê" pelo país fora. O assunto é as praxes.


Em primeiro lugar, quero agradecer ao sensacionalismo da TVI e RTP (à hora de escrita não tenho conhecimento da SIC), por meterem o país a discutir algo que nem faz lá grande sentido à discussão.

Em segundo lugar, quero agradecer aos anti-praxes e ademais enciclopédias de duas patas que não sabem o que dizem quando falam de algo que não viveram. Sem vocês meus queridos, eu não escrevia este post. Obrigado.

Adiante que amanhã tenho de me levantar ao raiar do sol.

Eu fui praxado. Entrei para a praxe (tenho aí uma postadela em que falo do assunto) com o sentimento de "ehhh, tanto faz". Fui praxado, fui ao baptismo, passei por toda uma experiência que só me custou um exame e um recurso. Mas estive lá. E não fui o primeiro a estar lá. Amigos e família que passaram pelo mesmo estiveram lá e NUNCA, repito NUNCA tive alguém a queixar-se do que quer que seja. Excepto os anti-praxe.

Em conversa, dei a comparação de entrar numa praxe e ir renovar algo simples como o CC. Literalmente, nada têm a ver certo? Mas agora façamos um exercício:

- vou para renovar o CC, tenho de saber onde é.
- em sabendo onde é, tenho de saber como me movimentar lá dentro.
- sabendo qual a senha que tenho de tirar, tenho de saber qual o balcão (a informação está lá estampada).
- dirigindo-me ao balcão, tenho de saber o que vou dizer; se quiser ser labrego, sou, mas também espero ser bem atendido.
- após todo um processo orientado, fico de esperar por uma carta em casa para levantar o CC.
- recebo a carta, dirijo-me ao local indicado para o levantamento, procuro novamente pela senha correcta.
- tiro a senha correcta, procuro novamente o balcão certo...

E não vou explicar mais a não ser, no caso de ser mal atendido:
- fazer ver aos funcionários os meus direitos e os seus deveres.
- ter coragem para saber pedir o livro de reclamações.
- em caso de me tentarem fazer desistir, saber manter-me firma na minha vontade e levar a questão avante.
- saber preencher a reclamação.

Simples não é? Pois, nas praxes, também o caloiro, antes de entrar nelas "à campeão" deve informar-se sobre os seus direitos. E sim, existem direitos a proteger o caloiro, nomeadamente no que toca às recusas que pode dar, a quem se deve queixar em caso de abuso e por aí fora. Mas não, a culpa é de quem praxe e não do burro de merda que não sabe defender-se. Adoro esta geração que muito paleio tem, mas sabe tanto disto como eu sei de acupuntura: tirando a história de espetar agulhas, não sei mais nada.

Meus caros, aquilo que aconteceu no Meco foi, de facto, uma "brincadeira"de muito mau gosto. E eu não quero ferir ninguém, nem quero meter-me do lado de ninguém. No vídeo divulgado e difundido por tudo o que é notícias, todos os presentes estão TRAJADOS! A partir do momento em que estão trajados, não podem ser praxados. Seja em Pólos seja em Universidades, SER PRAXADO TRAJADO É CONSIDERADO DESRESPEITO PARA COM O TRAJE.Outro ponto é o facto de qualquer "pessoa" com 18 anos é considerada adulta por ter capacidade de tomar decisões POR SI PRÓPRIA. Se decidiram ir para a frente com aquela "praxe" (se é que foi mesmo praxe) então desculpem-me ser tão violento assim, mas é falta de cabecinha.

Muito eu poderia escrever sobre um assunto do qual não sou nem a favor nem contra. É-me igual. Tenho noção que há praxes humanamente inaceitáveis, mas também há praxes que, por muito sujas que sejam, não deixam de ser bastante divertidas (e eu tive destas segundas). O que mais me incomoda nesta história toda, não é as conversas das pessoas. Cada qual com a sua opinião.

O que realmente me incomoda é a opinião de quem nada sabe sobre o assunto. E desde pequeno que me ensinaram a respeitar os outros, mas lembrando-me da velha máxima "se não sabes do que falas, cala-te antes de caíres no ridículo".

Pela primeira vez na história deste blog (que é demasiado pequena), peço-vos: pensem bem antes de abrir a boca para arrotar barbaridades.

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