quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A culpa é dos pais...mas quem sou eu para os culpar pelo péssimo trabalho e por não terem comido um iogurte?

Deixei como mote no post anterior (que foi o primeiro), um certo desgosto pela juventude de hoje em dia (faixa etária corporal, para aí até aos 17 a roçar os 18, faixa etária mental entre os 14 e 16). Parecem cães com o cio (cães ou derivados dos lobos, se estiverem a ler isto, quero que saibam que eu gosto muito de vocês, principalmente quando não me mordem nem deixam a vossa carta ao Governo na rota do meu pé). É daquelas coisas que eu não sei explicar muito bem como aconteceram, porque aos 12 anos eu andava a jogar às escondidas, tinha que estar em casa às 23h (à sexta e ao sábado, que durante a semana era para descansar que era preciso formar a malta para o desemprego...e verdade seja dita foi bem conseguido. Cheguei a repetir o 12º ano várias vezes para ver se era mesmo o objectivo da educação portuguesa ensinar-me a não fazer ponta de um corno e limitar-me a preocupar-me com um papel com números...cumprido com sucesso!) e se chegasse às 23:01 já estava atrasado e sujeitava-me a não jogar Master System durante uma semana...e não chorava nem piava, que os meus Pais educaram-me como gente e não como consumidor de qualquer paneleirice que pisque por mais de dois segundos como as pilhas (e diga-se de passagem que até gosto das tecnologias...ontem já evoluí para um Nokia 3310 e já sei jogar ao snake). E não é que resultou?

Voltando ao assunto da juventudes...eu não percebo essa mariquice de tirarem fotos com boca à pato. Eu gosto de patos...principalmente no arroz de pato onde não fazem muito barulho nem se podem virar contra mim (eu já fugi à frente de um corvo e tenho medo de dar pão a cisnes...é legítimo), mas não creio que os patos gostem assim tanto de vocês. Alguma vez viram um pato com herpes vaginal, chatos, "pátite" (A ou B, atirem moeda ao ar e decidam...mas não façam batota), ou com crises existenciais estilo - "eu não quero mais nenhum homem na vida, são todos iguais, só nos querem para o coito e eu ainda só tenho 13 anos" - isto é triste. Mais triste é quando nós tentamos dar-lhes um conselho - "ganha juízo, ainda tens muito para crescer, foca-te no teu futuro que agora é mais importante" - e respondem-nos com um - "cala-te, eu sei bué da life da street e tenho muita maturidade tás a ver? Olha que eu já vivi bué de cenas e já comi três sócios numa só noite e deixei-os brincar com a minha alforreca" - (sim, eu disse alforreca...habituem-se que isto aqui é um sítio de classe onde palavrões não entram...só o fosca-se). E é isto. Um gajo diverte-se.

O que tem isto de a ver (é este o termo certo quando querem dizer algo relacionado...blog didático este...um dia explico a do "a haver", mas não quero receber nada em troca que eu não sou de aceitar coisas de estranhos) com a minha anti-socialidade? Pensem comigo. Vocês vão na rua, tranquilos da vossa vidinha (ou tranquilas que aqui não há sexismo), quando de repente vos entra no raio de visão uma alcateia de bebés proveta dos Morangos. Não da altura em que eram porreirinhos, mas daí para a frente. Além daquele ar tão falso que faz os tectos pensarem que são verdadeiros, ainda arrotam com decibéis de fazer inveja a megafones disparates como - "eu bebi três minis na noite passada e foi puta da loucura...estava tão bêbada e consegui disfarçar em frente aos meus pais" - ou se forem rapazes com a mesma descrição - "ehhhhhhhhh, oh putoooooo, fumei uma broca mesmo altamenteeee...tava com ganda moca e os meus cotas não deram por nada" - estes últimos têm tendência a andar com calças pelos joelhos a mostrar os medalhões castanho atrás e amarelo à frente nos boxers...e por vezes nas fraldas. Já imaginaram? Agora digam-me, vocês que foram educados à base dos castigos por fazerem asneiras ou por dizerem "fosca-se", que ouviam um grande e redondo NÃO quando queriam algo e os vossos pais não vos davam ou não vos podiam dar, que tinham medo de esfolar os joelhos porque podiam levar uma palmada (soube hoje de fonte fidedignam porque eu acredito na minha mãezinha que vê o programa do Goucha e da Cristina ainda meio sonolenta, que uma garota foi retirada aos pais por estes a terem posto de castigo porque a garota queria não sei o quê, mas portou-se mal e ficou sem tv no quarto durante dois dias...), que brincavam às escondidas aos 12, que só começaram a brincar aos namoricos aos 12, que encontraram o primeiro amor lá para os 14/15 (pode ter sido aos 12, mas nem toda a gente é "avançada demais para a idade que tem"), acham esta porra normal? Eu não. Não é que isso me faça ficar em casa, mas faz-me querer evitar o contacto social.

Mas aqui entre nós que ninguém nos lê, nem a Internet inteira (privacidade é quem mais ordenha...perdão, ordena...culpem os soluços), que acham disto? Foi para isto que fomos educados sob a lei do "ficas sem ver o Buéréré" ou foi para outra coisa qualquer?

Agora com a vossa licença (a qual não me interessa se dão ou não) vou ver os Turborangers (a versão original e japonesa e melhor dos maricas dos Power Rangers americanos...) e depois vou ouvir esse grande hit do momento que é o Bicho do Iran Costa. Saiu a semana passada e já é nº1 do Top+...e porque tenho de poupar a cassete dos Nirvana que estou a ficar sem canetas Bic para enrolar a fita.

p.s.: não me desculpo pelo post longo. A culpa é do Chuck No9ijn h0k,ol

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